quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Fragmentos de Mim...

Fragmentos ecoam na memória ao ouvirmos uma música que desperta as emoções adormecidas… Algures, no nosso passado, este som tocou-nos bem fundo e até já tínhamos esquecido a magia dos pequenos nadas do quotidiano!
São as asas da liberdade de pensamento que se libertam para olhar pela janela que tínhamos trancado em nós. São as nuvens que se formam negras obscurecendo o céu azul das nossas vidas!É a chuva que cai de mansinho nas vidraças da nossa indiferença.
É tempo de reflectir e de procurar entre os destroços esta nossa capacidade de sobrevivência. É a procura do que sentimos e do alento que nos move e nos força a continuar. É deixar de correr veloz e incessantemente, saltando muros, barreiras que se interpõem aos nossos desejos…É abrandar o passo e contemplar as pedras da calçada que pisamos…É descobrir que nem todas elas são iguais quando analisadas!
Chegou o momento de reviver o que temos sido e o que queremos realmente ser. Não estamos sós! Somos muitos a fantasiar o que não tivemos. As pessoas deixaram de viver e todas estampam no rosto a angústia do desespero! De uma forma ou de outra, Todos nos interrogamos e queremos “um brilhozinho nos olhos”, um esgar terno e uma mão carinhosa sobre a nossa no momento que precisamos!
Perdemos demasiado tempo a questionarmo-nos sobre o certo e o errado! Basta! O dia hoje está cinzento mas não será eterno, terá apenas vinte e quatro horas como os outros! Mas é em dias assim, povoados por músicas doces que nos identificamos com a melancolia dos nossos sentimentos e fazemos questão de lembrar!
Relembrar? A maior parte do nosso tempo é dispendido a relembrar, isto ou aquilo e é por isso que nos esquecemos de viver!... Que importa o que fomos? Definitivamente já não somos os mesmos. SOMOS! Somos o que é possível ser!
É em crises como esta que descubro o que há de melhor em mim…É como se durante muito tempo eu me tivesse esquecido de pensar… É talvez por essa razão que me tenha disposto a reviver as memórias da minha existência e registá-las nestas folhas brancas que me têm acompanhado desde o dia em que descobri o meu prazer e gosto pela escrita.
O importante é que o redescobri!

1 comentário:

Unknown disse...

Eu, na minha simples e limitada capacidade de critico, julgo poder afirmar com toda a certeza que deves continuar neste percurso de escrita criativa, sentida. Gostei sinceramente do teu texto e queria incluir-me no grupo dos que vão, diariamente, redescobrindo outras novidades em si; dos que vão sendo outros "eu" mais completos no percurso da sua vida; dos que vão bebendo da vida tudo o que os transforma em seres diferentes (principalmente se diferentes para melhor).